terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Médicos entram em greve e deixam de atender pacientes em Alagoas

Os médicos da rede estadual de Alagoas iniciaram nesta terça-feira (11), por tempo indeterminado, a greve anunciada na segunda (10) e suspenderam em 100% o atendimento nos ambulatórios do Estado. Nas unidades de saúde de emergência, 30% dos profissionais devem continuar trabalhando, obedecendo à legislação. A categoria afirmou que somente retoma os trabalhos se houver avanços nas negociações do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e a garantia de realização de concurso público. 
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Wellington Galvão, a decisão de paralisar as atividades foi tomada em assembleia e que cerca de 1,3 mil profissionais cruzam os braços a partir desta terça-feira. "Voltamos a nos reunir nesta segunda-feira à noite e a decisão pela greve foi mantida. Não há mais como sustentar a situação vivida pelos médicos da rede pública estadual", frisou o sindicalista.
Durante a assembleia, um oficial da Justiça tentou intimar Wellington Galvão de uma decisão do Tribunal de Justiça que, liminarmente, já considera a greve dos médicos ilegal.
"Havia um erro de data na decisão e não recebemos a intimação. No entanto, a categoria já deliberou que a ordem do TJ não será cumprida e a greve está mantida. O Poder Judiciário alagoano tem se mostrado perseguidor dos trabalhadores e todo pedido de ilegalidade de greve feito pelo governo é prontamente atendido. A greve continua independente da decisão judicial", ressaltou Galvão.
Negociação
Uma reunião para discutir o pleito dos médicos do Estado estava marcada para as 15h desta segunda-feira, mas foi adiada. Amanhã, os secretários estaduais da Gestão Pública e da Saúde irão discutir a questão com o governador Teotonio Vilela Filho, para depois se reunir com a categoria.
Além da implantação do PCCS, a categoria reivindica a realização de concurso público e melhores condições de trabalho. "O PCCS é a reivindicação principal e ele já está pronto há muito tempo. Só é preciso enviar o projeto à Assembleia para deliberação dos deputados. De qualquer forma, estamos abertos à negociação", completou Galvão.
Segundo o presidente do Sinmed/AL, o salário dos médicos concursados do Estado corresponde a quase metade do vencimento dos soldados. “Um médico aqui ganha, inicialmente, R$ 1.600. Mesmo com o atendimento na emergência, o valor nunca chega a R$ 3 mil. Por isso, os profissionais que se formam em Alagoas deixam o Estado em busca de melhores salários”, reclamou Wellington, acrescentando que cerca de 1.200 médicos já pediram demissão por conta da baixa remuneração em Alagoas.
Informação: tnh1.net

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